Brasília - O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) usou sua posse como ministro-chefe da Secretaria de Governo, nesta sexta-feira (15), no Palácio do Planalto, para defender a reforma da Previdência, que ele mesmo já havia apontado como sua principal tarefa à frente da articulação política do governo Michel Temer (PMDB).
O novo ministro prometeu ainda abrir mão de disputar um novo mandato para ajudar Temer nessa tarefa, embora a votação da reforma esteja marcada para fevereiro de 2018.
Marun, conhecido aliado do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Lava Jato, deixa sua cadeira de deputado federal e substitui o tucano Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que retorna à Câmara.
"Vejo no senhor um homem determinado a fazer aquilo que precisa ser feito", disse Marun, dirigindo-se a Temer. "Há menos de dois anos, o Congresso decretou o impeachment de um governo que destruía o Brasil. Fui um protagonista naquele embate e naquele momento liguei meu nome ao seu governo [de Temer]."
Marun, então, destacou o que considera ganhos econômicos do governo Temer, como a queda da inflação e a retomada do crescimento. Disse ainda ao pemedebista que "prefeitos e governadores são tratados com respeito do seu governo", sugerindo que haveria queixa em relação à geestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
O deputado destacou ainda que há o que avançar. "Nesse sentido, o maior dos desafios é a reforma da Previdência. Assumo essa função consciente disso", disse o ministro. "Precisamos de uma Previdência mais justa e menos desigual para todos os brasileiros."
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, marcou a votação da reforma para 19 de fevereiro, após o recesso parlamentar e o Carnaval. Caberá a Marun grande parte da tarefa de convencer os membros do Congresso a votar um tema impopular em ano eleitoral.
"Passei os três últimos anos da minha vida dentro do Congresso, convivendo com deputados e senadores. Tenho certeza absoluta de que essa vitória [aprovação da reforma] será a vitória do Brasil", disse.
Com agências
|